Modelo para planos de evacuação para qualquer cidade do mundo
"Uma equipa de investigadores de Coimbra criou um modelo científico capaz de conceber planos de evacuação para qualquer cidade do mundo, de forma rápida e sistemática, em resposta a grandes catástrofes.
O novo modelo foi desenvolvido de raiz por investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e já suscitou interesse de cientistas americanos, japoneses e indianos, anunciou hoje a instituição.
Com base na radiografia detalhada da cidade e através de cálculos matemáticos, são fornecidos dois caminhos possíveis de fuga, um primário e outro secundário, em caso de situações de emergência provocadas por catástrofes, como incêndios em larga escala, ataques terroristas, terramotos ou inundações.
«Nos Estados Unidos, a maior parte das pessoas que morrem em incêndios fogem para locais não planeados e voltam atrás à procura de familiares, entretanto refugiados noutros locais», disse à Lusa João Coutinho, coordenador do projecto, realçando a importância de serem estabelecidos dois caminhos para cada edifício.
O modelo tem em conta vários critérios de análise, como a distância e segurança do caminho de fuga até a um abrigo e a localização dos melhores locais para abrigos, tendo em conta aspectos como a largura das ruas e o estado dos edifícios.
Trata-se de uma «plataforma tecnológica versátil, aplicável a qualquer cidade, tendo capacidade para actualizar a informação, analisar todos os cenários e fornecer as melhores soluções», sublinhou o investigador.
Um cientista de Nova Iorque, por exemplo, constrói o modelo de uma zona da cidade usando um browser, submete os problemas ao sistema sedeado na FCTUC e recebe as soluções, tudo via Internet, adiantou.
Na opinião do docente universitário de Coimbra, os mecanismos actuais para testar as catástrofes nas cidades, como os simulacros, são «insuficientes para uma resposta adequada à escala da União Europeia a crises graves que não sejam de origem natural».
«Pelas suas características físicas e dinâmica de ocupação, as cidades estão expostas a riscos cada vez maiores», referiu.
O modelo agora desenvolvido pela FCTUC «está pronto para ser aplicado» na elaboração de um plano de evacuação de qualquer cidade, depois de testado, usando informação real, para uma zona da Baixa de Coimbra.
A investigação, que se prolongou por dois anos, disse, vai ser publicada na revista científica internacional Geographical Analysis."
Lusa / SOL
Carine Azevedo
O novo modelo foi desenvolvido de raiz por investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e já suscitou interesse de cientistas americanos, japoneses e indianos, anunciou hoje a instituição.
Com base na radiografia detalhada da cidade e através de cálculos matemáticos, são fornecidos dois caminhos possíveis de fuga, um primário e outro secundário, em caso de situações de emergência provocadas por catástrofes, como incêndios em larga escala, ataques terroristas, terramotos ou inundações.
«Nos Estados Unidos, a maior parte das pessoas que morrem em incêndios fogem para locais não planeados e voltam atrás à procura de familiares, entretanto refugiados noutros locais», disse à Lusa João Coutinho, coordenador do projecto, realçando a importância de serem estabelecidos dois caminhos para cada edifício.
O modelo tem em conta vários critérios de análise, como a distância e segurança do caminho de fuga até a um abrigo e a localização dos melhores locais para abrigos, tendo em conta aspectos como a largura das ruas e o estado dos edifícios.
Trata-se de uma «plataforma tecnológica versátil, aplicável a qualquer cidade, tendo capacidade para actualizar a informação, analisar todos os cenários e fornecer as melhores soluções», sublinhou o investigador.
Um cientista de Nova Iorque, por exemplo, constrói o modelo de uma zona da cidade usando um browser, submete os problemas ao sistema sedeado na FCTUC e recebe as soluções, tudo via Internet, adiantou.
Na opinião do docente universitário de Coimbra, os mecanismos actuais para testar as catástrofes nas cidades, como os simulacros, são «insuficientes para uma resposta adequada à escala da União Europeia a crises graves que não sejam de origem natural».
«Pelas suas características físicas e dinâmica de ocupação, as cidades estão expostas a riscos cada vez maiores», referiu.
O modelo agora desenvolvido pela FCTUC «está pronto para ser aplicado» na elaboração de um plano de evacuação de qualquer cidade, depois de testado, usando informação real, para uma zona da Baixa de Coimbra.
A investigação, que se prolongou por dois anos, disse, vai ser publicada na revista científica internacional Geographical Analysis."
Lusa / SOL
Carine Azevedo
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